O colega Owen Good tinha razão. Acho que não vale mais a pena analisar os jogos de esporte. Mas a rivalidade entre FIFA e Pro Evolution é grande demais para ser ignorada.
Eu joguei as novas versões de ambas as séries e decidi escrever sobre a situação atual dos nossos jogos de futebol. E lembrar de como os dois jogos foram uma decepção, embora por motivos completamente diferentes.
Deus do céu, que várzea. Antes uma simulação absurdamente precisa do esporte real, Pro Evolution foi caindo no quadro de vendas e viu seus produtores patinando, inventando malabarismos e soluções mirabolantes numa tentativa desesperada de manter a relevância.
Com a mecânica de passes pingue-pongue, um bola que rola como uma bexiga (e na hora do chute parece estar cheia de papel molhado) e uma animação um pouquinho melhor do que na era PlayStation 2, PES 2012 me deu uma sensação estranha. Eu não estava mais jogando Pro Evolution. Estava jogando Virtua Striker 2012, uma versão travada, um futebol arcade que é tão legal quanto entrar no campo da vida real com a perna engessada e uma bola de chumbo.
PES ainda não tem licenças de torneios importantes, ainda tem jogadores que abrem a boca como os gloriosos Terrence & Phillip, de South Park, e ainda tem alguns dos piores comentaristas de todos os tempos [Nota do Kotaku BR: Luke se refere à versão em inglês; ainda não testamos a dublagem nacional este ano]. Este deveria ser o ano definitivo da irrelevância Pro Evolution, o ano em que você o colocaria para escanteio. Mas não é. Porque, surpreendentemente, FIFA também trouxe algumas decepções.
É uma decepção relativa, é claro. FIFA continua sendo não só o melhor jogo de futebol da Terra, mas o melhor jogo de esportes da Terra, ponto final. A apresentação estilosa, a preocupação com os detalhes e uma busca autêntica por melhorias significativas a cada ano colocam a série muito acima de Madden, por exemplo, que tem fama de ser “preguiçosa”.
Em 2011, porém, FIFA tropeçou. Sua maior novidade, a tal “engine” física responsável pela colisão entre jogadores, parece um fracasso. Apesar de a versão final estar livre dos bugs magníficos que já vimos, ela ainda sobre de problemas sérios, o que dá a impressão de “novidade pela novidade”, e não uma tentativa de melhorar as coisas.
Os jogadores trombam, continuam trombando, trançando os ombros e pernas como bêbados num boteco procurando briga – enquanto a bola passa, ilesa, entre eles. Em alguns lances, um desarme vai fazer seu jogador desabar, como se existisse um sniper no topo do estádio distribuindo headshots pelo campo. E depois de cair, o seu atleta profissional leva uns 10 segundos para se levantar.
É frustrante porque não é nem um pouco realista, e isso contraria tudo o que FIFA vem buscando nos últimos três ou quatro anos. O jogo seria muito melhor sem essa invenção.
O novo sistema defensivo é… interessante. Mas envolve tantos botões entre o momento do desarme e a retomada da bola que eu precisei desligar e voltar ao esquema tradicional. Os novos menus são mais bonitos, mais rápidos e funcionam muito bem para a jogatina solo, mas outras opções de jogo acabam ficando soterradas na tentativa ridícula da EA de criar marcas (o tal “branding”). Se você não trabalha na equipe de marketing da EA, vai precisar traduzir os termos até entender cada um deles.
Mas o que mais me decepcionou em FIFA 12, porém, foram os pequenos detalhes. Parece que existem mais bugs e falhas na inteligência artificial, o tipo de problema que passa despercebido nas primeiras cinco horas, mas que passa a incomodar demais nas próximas 50.
Os atacantes têm o instinto de evitar a grande área como se ela fosse um ninho de cobras. Por algum motivo, em alguns lances o jogador mais próximo da bola não é acionado automaticamente, resultando em situações bizarras (e frustrantes) em que uma bola sobra a dois metros do campeão e ele fica parado olhando. Os lançamentos parecem ter piorado, e continuam sendo um quesito que FIFA poderia aprender com PES.
E esse é o tipo de coisa que acaba com você ao longo de uma temporada ou mais. Aqueles momentos infernais, de jogar o controle na parede, o que geralmente pode ser a diferença entre vitória e derrota. E isso acaba com você porque está fora do seu controle, e não há nada pior num jogo de esportes do que uma inteligência artificial cretina. Perder para um time melhor? OK, faz parte. Mas perder com um gol contra causado por bugs na física do jogo já é tortura.
Eu não odeio FIFA 12 e, como eu disse, minhas reclamações com o jogo são relativas. Ele é um ótimo jogo de esportes, e tem uma incrível estrutura online que filtra melhor as partidas e coloca você contra os adversários apropriados. Se você me perguntasse qual jogo de futebol você deve comprar neste fim de ano, eu daria risada. E depois diria “Pegue FIFA, é um jogo ótimo”.
Mas se você já gostava de FIFA, eu diria para continuar em FIFA 11. O jogo do ano passado não tem o sistema estúpido de colisões e conta com uma inteligência artificial melhor - fato meio raro nos jogos de esportes.
E Pro Evolution? Por favor, Konami, chega de sofrer. Fique um ano sem lançar nada e depois volte com um produto melhor, mais refinado e que seja capaz de resgatar suas raízes de futebol hardcore. Do contrário, nem precisa voltar.
Resolvi escrever esse post de review sobre o jogo, pois depois de grande expectativa sobre a nova versão do FIFA acabou tornando para mim uma das maiores decepções.
Um jogo deve ser criado para entreter as pessoas, não importando se você perde ou ganha, muitos jogos de tabuleiro ou de cartas dão para nós, meros mortais, esse simples prazer de divertir por algumas horas sem se preocupar com nada: Truco, Poker, Imagem em ação, Banco Imobiliário cumprem com a tarefa sem problemas,não importando com vencer mas sim se você deu boas risadas e se divertiu. Lógico que se você perdeu, foi por falta de sorte ou erro de estratégia, mas isso era o de menos.
Jogos de Vídeo-games e PC deveriam seguir o mesmo principio, muitos conseguem, incluo nessa lista: Lost Vikings (PC), Nba Jam (Snes), Mario (Nintendo), F1 2010 (ps3) , Call of duty (ps3), Counter Striker(PC), starcraft (PC), assim como outros. Jogos de esportes deveriam estar no topo dessa lista, pois é difícil você achar uma pessoa que não gosta de um time em particular ou não pratica alguma esporte. Porém vejo que isso não acontece em séries de futebol.
Meu primeiro contato com jogos de Futebol foi em 94 em um pc 486 que estava a venda no Carrefour Dom Pedro. Enquanto minha mãe fazia compras, eu me deliciava jogando Fifa 94. Dava risada tentando fugir do juiz quando este queria me dar cartão. Arranjei uma cópia do jogo e diverti muito. Foi assim até o FIFA 98 quando eles introduziram um novo sistema de defesa (curiosamente parecido com o do Fifa 12), onde era necessário ter precisão para tira a bola do adversário, era extremamente difícil você ter precisão jogando em teclado o que algumas vezes me frustrava, porém com a baixa qualidade de IA e aquelas artimanhas de você estar na posição certa e chutar para o gol que entrava, tirava um pouco dessa frustração.
Em 99 o Fifa veio ainda pior, com inovações em relação ao passe o que não me agradou nem um pouco.
Para as produtoras de games de esportes, devido a necessidade de apresentar uma receita anual para agradar os seus sócios, lançam uma nova versão daquele esporte todo ano. Para agradar e atiçar a curiosidade do público criam novos features para o jogo (buscando logicamente mais vendas). O problema é que muitas dessas features acabam sendo negativas, atrapalhando a jogabilidade e o desenvolver do jogo. (Que para mim é a coisa mais importantes, depois vem os gráficos e por ultimo times licenciados).
Nesse mesmo ano tive meu primeiro contato com Winning Eleven (comecei pela versão 3), o jogo era totalmente em japonês, não entendia nada dos menus, porém era de uma jogabilidade até então desconhecida para quem sempre tinha jogado Fifa, os controles respondiam imediatamente, você poderia trocar a direção do seu jogador com rapidez e fazer jogadas incríveis, com um novo sistema de lançamentos tanto pelo chão quanto pelo alto, e ainda mandar seu jogador correr para receber a bola depois.
Nessa época a IA não era grande coisa, porém jogar com um colega era extremamente desafiante. E assim foi até chegar para mim uma das melhores versões do Winning eleven (a versão 6), um ano antes passou a ser chamado de Pro evolution soccer na versão européia. Perdi noites jogando esse jogo na casa de amigos que tinham o play 2 na época, mesmo sendo ruim (pois não tinha aonde praticar) me deliciava com todas as possibilidades e estratégias que você poderia criar real-time. Porém como tudo que é bom dura pouco, o Winning eleven começou a sofrer de sindrome de Fifa e para emplacar novos jogos incrementava a cada ano uma novidade (muitas vezes absurda), Em uma de suas versões colocaram a possibilidade do bandeirinha e o juiz errar, feature interessante, porém desagradou e muito a maioria dos fãs pois o juiz mais errava do que acertava. A jogabilidade também foi degradando ao longo dos anos... Começamos a entrar na Era escura dos jogos de Futebol. Fifa não ia bem (nem nas vendas) e as invenções junto com os 700 botões que você precisava executar para fazer um simples drible no W11, não agradavam os fãs. Nesse momento parei de adquirir jogos de futebol.
Isso foi até o ano de 2009. Ano Chave para o Fifa. Esse ano o Fifa literalmente faz uma cópia do que W11 tinha de melhor na sua época de ouro, juntando o que Fifa sempre foi melhor do que o W11: os gráficos. O jogo era cheio de Bugs (quem não lembra todos os jogadores fazendo aquecimento igualzinhos antes de cada partida), mas sua jogabilidade agradava a maioria dos fãs. Veio o Fifa 10 e logo em seguida o Word Cup (Que concordo com o Arnaldo, foi a melhor versão de Fifa feita até então), corrigiu os pequenos bugs do Fifa 09 e trazia uma experiência única o que fazia eu voltar a sorrir com os games de futebol. Enfim a alegria durou pouco..., No ano seguinte o FiFA 11 a EA começou a implementar uma IA que faria quase tudo para você, porém mas deixava os jogadores passando raiva do que satisfeitos com suas jogatinas, principalmente com os apagões da defesa. Tirando isso o jogo é apresentável e melhor que o PES desse ano. Enfim todos criam expectativas para o Fifa 12 principalmente em relação a engine nova de impactos que aos primeiros olhos impressionam.
Meu Fifa 12 chega na minha mesa na terça feira, havia jogado o Demo, porém não tinha ainda uma opinião formada sobre o jogo. Ao abrir o jogo minha primeira frustração: Não há manual, apenas um pequeno papel com seu online pass e outro com a garantia, porém nesse papel da garantia uma pequena esperança: “Manual dentro do jogo”. Ótimo penso eu. Ponho o jogo, me impressiono com os novos gráficos (realmentes estão muito melhores que o Fifa 11) e faço o pequeno tutorial sobre o novo sistema de defesa, a primeira vista não muito complicado. Ao chegar a tela de menu outra boa impressão: Os menus respondem de forma rápida (uma das grandes reclamações dos fãs), penso comigo: “realmente o jogo pode estar melhor”.
Depois de configurar os controles jogo minha primeira partida contra o computador. Começa ai minha decepção. O pc ganha de mim de 5 x 0 (até ai sem problemas), porém não consigo sentir uma jogabilidade confiável nos controles, e novo sistema de defesa (a la Fifa 98) mais atrapalha e confunde do que inova. Tento uma segunda partida, fico maravilhado com o sistema de impactos e com esquema de bater lateral rapidamente, porem nova decepção: Em um cruzamento do time adversário na minha área ao tentar trocar o jogador para cabecear (eu uso manual o sistema de troca) simplesmente a setinha de indicação de controle some da tela vai parar no meu atacante do outro lado campo. Fim de partida 3 x0 para o pc novamente.
Sem entender o porque aquele sistema de defesa que parecia mais simples no tutorial não funcionava durante o jogo fui buscar o manual dentro do jogo. Nova decepção: o manual tem pouco mais de 8 paginas, praticamente é a transcrição do tutorial e não ensina nem ao menos o básico para o jogadores. Fico pensando como um jogador que ainda não conhece o Fifa poderia teria interesse em aprender a jogar se não existia nem pelo menos um vídeo tutorial ensinando o básico (algo positivo do Fifa 11).
Bem ontem foi que realmente cai na realidade, no nosso campeonato de testes: Essa nova versão é ruim, o novo sistema de defender é confuso e não funciona adequadamente é possível um jogador pegar a bola do meio de campo e apenas utilizando o direcional sair sozinho na frente do goleiro. Após o desastre de ontem resolvi procurar alguma ajuda na internet e o Arnaldo acabou achando um vídeo interessante sobre como usar esse novo sistema. Resolvi utilizar as dicas do vídeo contra o computador. Nova decepção, tomei de 4 x 0 e praticamente assiti o time adversário jogar (fiquei com apenas 35% de posse de bola). Fiquei pensando como os jogadores mais casuais vão ter prazer de jogar isso se não é possível jogar de igual contra a IA.
Reconheço que acabei perdendo o tesão pelo Fifa depois disso, como eu disse no principio: jogos devem ser feitos para divertir e não para passar raiva pois você não consegue executar uma ação adequadamente. Não sei como anda o W11, mas vou voltar a procura-lo e ver se eles desistiram de ter a Síndrome de FIFA.
Deixo aqui meus comentários positivos e negativos do fifa:
Positivos;
· Novo sistema de impactos é muito legal (apesar de acontecer umas coisas bizarras de vez em quando)
· Os gráficos impressionam pela riqueza de detalhes e qualidade
· O menu finalmente ficou rápido
· Os apagões da defesa no Fifa 11 foi melhorado (não corrigido totalmente)
Negativos
· Não há manual e muito menos um tutorial explicando como jogar o jogo desde principio
· O novo sistema de defesa é irritante, difícil e na maioria das vezes confuso.
· A jogabilidade não está confiável é comum você direcionar a bola para um lado e na hora do toque a bola ir completamente do outro lado.
· Os controles não estão confiáveis, principalmente quando se troca de jogador.
· Jogar online, pode ser um desastre, pois como você não vê a qualidade da conexão do outro jogador, você acaba obrigado a jogar contra pessoas com latências altíssimas (o que ocasiona travamento durante os jogos)
· Como você não vê seu adversário online é comum você pegar adversários com a mesma cor de uniforme do seu time (cheguei a jogar Porto de azul contra Olimpique de Azul também)
· A barra de força está pequena e difícil de ver.
· O goleiro está imbatível no 1 a 1 (menos quando você sai com ele – dica deixa ele parado no gol), porém ele acaba errando com chutes de fora da área (muito rebatem e voltam para o pé do jogador adversário)
· Existe um tipo de chute que até agora não encontrei goleiro que defenda (voltamos ao velho 98), porém isso eu mostro depois.
Bem acho que é isso pessoal. Opinião pessoal do Rei: Espero que no Fifa 2013 eles corrijam tudo isso.
19, set 2011
Foi postado no Fórum Oficial da EA Sports o Overall dos jogadores do FIFA12, e temos muitos jogadores brasileiros com OVR 80 ou até acima disso. Isso é legal pois a Liga Brasileira foi valorizada!!
Alguns jogadores brasileiros:
Para acessar a lista completa de todos os jogadores do FIFA12, verifique a planilha completa da EA!
